segunda-feira, 19 de abril de 2010

EVITAR O USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS

O uso indiscriminado de antibióticos na criação de pássaros e principalmente na época de criação é algo para mim quase que alarmante. Muitos criadores os utilizam de forma sistemática e rotineira, com o objectivo de "bloquear" a entrada de germes patogénicos que possam causar baixas principalmente nos filhotes. Outros, quando aparece alguma mortalidade, recorrem imediatamente a um antibiótico para tentar erradicar o mal.
Recorre-se portanto ao ultimo recurso, sem o auxilio de algum profissional da área sem antes ter se tentado exaustivamente outros métodos preventivos de significativa importância. A intenção é das melhores. Evitar a mortalidade, proteger a saúde dos planteis e desta forma aumentar a produção.  
A grande pergunta quando chegamos a estes pontos, é : Será que quando lançamos mão do último recurso (o uso de antibióticos) já fizemos efectivamente tudo o que estava ao nosso alcance para evitar que a doença se instala-se?
Assim sendo as infestações podem vir por bactérias, fungos, vírus, ou parasitas. Todas elas se transmitem das mais diversas maneiras e cabe a nós criadores bloquearmos dentro do possível a entrada destes seres nos nossos planteis.
Para isso existem inúmeras medidas preventivas que nos ajudam a precaver-nos de "surpresas desagradáveis", algumas extremamente simples, tais como :
Renovação do Ar: O simples facto de renovarmos o ar do nosso canaril  será por si só um grande aliado. Onde existe uma grande população de indivíduos, também existira uma superpopulação  de microrganismos por eles gerados. Se deixarmos o ar confinado, esses microrganismos aumentaram a sua concentração de forma perigosa e preocupante. A renovação de ar é uma forma simples de "varrermos" o ar contaminado do interior das instalações permitindo a entrada de ar puro isento de microrganismos indesejados.
Entrada do Sol: O sol é um germicida eficaz e reconhecido, alem de ser fundamental fonte de energia, favorece a absorção da vitamina D.
Higiene: De fundamental importância, este tema é extremamente complexo e de larga abrangência. A eliminação dos germes de forma directa, eliminando sujidades, materiais orgânicos, etc.
Esta pratica pode ser feita através de inúmeros produtos desinfectantes existentes no mercado, mas deve-se ter o máximo de cuidado pois muitos deles apresentam toxicidade para com as aves.
Quarentena: Quando adquirimos reprodutores trazidos de fora, alem de novas características genéticas, podemos estar a transportar juntamente com os pássaros novos germes que podem afectar o nosso plantel, convém então coloca-los em instalações separadas durante aproximadamente 15 a 20 dias e ir verificando o seu estado de saúde.  
Estas são apenas algumas medidas que poderão evitar  dores de cabeça, despesas desnecessárias, uso incorrecto de medicamentos, e finalmente a morte dos nossos canários que tanto nos desanima.

O uso de antibióticos, antimicóticos, etc. Nunca esta descartado, mas sendo sempre o ultimo recurso.

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